Entrevista - Trabalhador
- Registro Informal
- 13 de abr. de 2018
- 2 min de leitura

Registro Informal: Marcelo, você mencionou que trabalha muito tempo aqui na Augusta, quanto tempo seria?
R: Uns quinze anos que estou na augusta entre idas e vindas, mas, em média quinze anos.
Registro Informal: Dentre estes pontos você acha que a augusta é melhor para trabalhar?
R: Pela questão da diversidade, das tribos que se encontram, do público ser mais abrangente e ser uma coisa mais livre não elitizada, uma diversidade, todos os públicos.
Registro Informal: Você acha que por aqui ter uma liberdade de expressão mais abrangente o seu trabalho é mais acolhido?
R: Isto. Acho que você resumiu bem. Na augusta é mais esta tomada por ser um pouco mais liberal e esta tudo misturado tem mais tendência de o pessoal sintonizar, interagir com o trabalho artesanal que não é tão divulgado, uma coisa que a pessoa precisa ver e se interar. Na augusta geralmente as pessoas estão com tempo também, tem isto, é um dos diferenciais desta rua.
Registro Informal: Para trazer as coisas da sua casa para a Augusta você encontra alguma dificuldade?
R: Olha, eu estando em São Paulo eu estou sempre próximo da região, não gosto de pegar condução. Mas é tranquilo. As poucas vezes que precisei pegar condução foi o transtorno normal que todos os paulistanos estão acostumados no metro, ônibus, sem nenhuma novidade.
Registro Informal: Aqui na augusta você já encontrou alguma dificuldade de estar aqui principalmente as sextas e sábados à noite onde possuí um fluxo maior de pessoas?
R: Dificuldade talvez, algumas restrições, questões do pessoal que vem expor á noite, pessoal que trabalha na rua as sexta costumam vim mais para a augusta por saber que o movimento é melhor e o espaço fica restrito, mas não chega a ser um problema.
Registro Informal: Mas vocês possuem um ponto específico ou ficam aonde tem espaço?
R: Ai é questão de ser humano, temos o senso de ter um espaço não fixo, mas um local que estou acostumado a trabalhar, porem com respeito. Se eu chegar ou o companheiro e estiver alguém iremos interagir da melhor maneira possível, nos organizar da melhor forma. Há casos, não aqui, mais na paulista do pessoal ser mais pesado nesta questão de ponto fixo, mas no geral é maleável, é rua, a pauta maior é a liberdade. A gente tem, mas é muito rara esta dificuldade em questão do espaço entre nós alternativos.
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